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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Balão......e o Rio

Eu carrego um balão dentro de mim, esse balão hoje está cheio, seu volume toma conta do meu peito, me faz pesado, denso, chato.

O balão aperta meu coração, me faz doer a cabeça, carregar o balão dentro de mim consome minha energia.

Ele me deixa fraco, sem ar, o ar que o enche deveria ser usado pra minha respiração, sinto falta do meu ar que é desviado.

Desde ontem tento dar um fim nesse balão, mas não consigo, deixei ele tomar conta de mim, agora luto com ele, pois se ele é meu, eu posso fazer o que eu quiser com ele, mas nem sempre consigo.

Mas em breve ele explodirá, a lembrança que terei dele será um pedaço de plástico velho, mas não quero ter lembranças dele, quero deixa-lo no passado, quero joga-lo em um rio, seguir em frente e não deixar mais ele se encher dentro de mim.

Quero que no lugar do balão exista um rio, um rio que a cada dia é e não é o mesmo, o rio tem seu canal que é unico, mas sua água, que passa por ele nunca é a mesma, quero ter um rio no meu peito, que a cada instante é invadido por águas limpas, que levam com ela tudo o que é possível.

Ter um rio dentro do peito é bem melhor, pois o rio não para, o rio nunca é o mesmo. A água do rio muda de cor, a vazão de água nunca é a mesma. Com o rio no peito os dias não são iguais, cada dia tem sua especialidade, sua simplicidade, sua naturalidade, não existe tédio.

Pois bem, minha tarefa do dia é transformar um balão em um rio........

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