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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Matando os Insetos

Tenho vivido dias de muita confusão, coisas acontecendo, me sinto sem controle...me sinto triste...com vontade de chora....
Passei por esses dias tentando manter a calma, a serenidade, mas chega uma hora que tudo desaba e o choro vem. O peso da tensão é perdido pelas lágrimas...e nas lágrimas o fardo se vai... ou ao menos uma parte dele.
Sou humano, sou falho, isso não é uma desculpa, mas uma condição. E tenho a consciencia de que vou errar muito nessa vida. Mas o que me deixa reflexivo é o ato de me colocarem num palco e apontarem um a um pra mim e relacionarem meus erros, como se só eu fosse o pecador, ou apenas eu o que erra.
Há uma musica do Teatro Mágico que diz:

Existem milhões de insetos almáticos.
Alguns rastejam, outros poucos correm.
A maioria prefere não se mexer.
Grandes e pequenos.
Redondos e triangulares,
de qualquer forma são todos quadrados.
Ovários, oriundos de variadas raízes radicais.
Ramificações da célula rainha.
Desprovidos de asas,
não voam nem nadam.
Possuem vida, mas não sabem.
Duvidam do corpo,
queimam seus filmes e suas floras.
Para eles, tudo é capaz de ser impossível.
Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência.
Regurgitam assuntos e sintomas.
Avoam e bebericam sobre as fezes.
Descansam sobre a carniça,
repousam-se no lodo,
lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são.
Assim são os insetos interiores.


Quando ouvi essa musica pela primeira vez não sentia da forma que hoje a sinto. Há pessoas que nors roubam a paz, e pra essas não há pena no direito penal brasileiro, só a punição da vida, e essa muitas vezes é mais rigorosa, e mais sofrível.
Não quero ser a vitima da situação, nem tenho vocação pra isso. Prefiro encara da frente e resolver a situação, estou fazendo, mas chega uma hora que bate o cansaço, a tristeza, uma hora em que se sente o peso da armadura, o peso da espada que mesmo sem estar levantada está na cintura, esperando a nova batalha.
Não me vejo como uma pessoa problematica, mas quando o problema chega ele vem aos baldes.
Escrevo este post não pra dizer que sou vitima, mas que sou humano, que sinto, que me alegro, que me frustro, viver é isso, estar preparado para o TUDO, ou o NADA.
Mas desistir jamais, os vermes não podem vencer a MIM.
To triste, mas venci mais uma, e escrevendo chego a conclusões mais claras e mas objetivas. Fico com a opmião de quem me conhece e acredita em mim. Quem não me conhece não me importa tanto, pois os que esão comigo, estes sim prezo por seus pensamentos sobre mim.
E por fim fico FELIZ, pois não tenho insetos que direcionam minha vida.

"Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores"

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