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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Muito do que penso


 

Bem, com essa postagem não quero chatear ninguém, tampouco dar uma de bom, apenas algo que pensava em uma noite, em que estava em frente a um aparelho de TV, e que assiti de forma inconsciente uma parte do programa, parte essa em que uma moça (aparentemente acima do peso) comia vários pães  enquanto a edição do programa zombava dela. Com isso começei a pensa no circo de horrores que se faz com a vida alheia, pois após isso o Senhor Pedro Bial brincava com a coitada que estava servindo de chacota para o Brasil. Ela não sabia o papel ridículo que foi visto pelo Brasil. Não sou muito de colocar textos de outras pessoas no blog, mas este achei de uma grande sensibilidade e inteligencia.

Autor: Antonio Barreto

Cordelista natural de Santa Bárbara-BA
residente em Salvador

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria*
É sinal de que você*
O mau-gosto aprecia*
Dá valor ao que é banal*
É preguiçoso mental*
E adora baixaria.*

Há muito tempo não vejo*
Um programa tão ‘fuleiro’*
Produzido pela Globo*
Visando Ibope e dinheiro*
Que além de alienar*
Vai por certo atrofiar*
A mente do brasileiro.*

Me refiro ao brasileiro*
Que está em formação*
E precisa evoluir*
Através da Educação*
Mas se torna um refém*
Iletrado, ‘zé-ninguém’*
Um escravo da ilusão.*

Em frente à televisão*
Lá está toda a família*
Longe da realidade*
Onde a bobagem fervilha*
Não sabendo essa gente*
Desprovida e inocente*
Desta enorme ‘armadilha’.*

Cuidado, Pedro Bial*
Chega de esculhambação*
Respeite o trabalhador*
Dessa sofrida Nação*
Deixe de chamar de heróis*
Essas girls e esses boys*
Que têm cara de bundão.*

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,*
São verdadeiros heróis*
E merecem nosso aval*
Pois tiveram que lutar*
Pra manter e te educar*
Com esforço especial.*

Muitos já se sentem mal*
Com seu discurso vazio.*
Pessoas inteligentes*
Se enchem de calafrio*
Porque quando você fala*
A sua palavra é bala*
A ferir o nosso brio.*

Um país como Brasil*
Carente de educação*
Precisa de gente grande*
Para dar boa lição*
Mas você na rede Globo*
Faz esse papel de bobo*
Enganando a Nação.*

Respeite, Pedro Bienal*
Nosso povo brasileiro*
Que acorda de madrugada*
E trabalha o dia inteiro*
Dar muito duro, anda rouco*
Paga impostos, ganha pouco:*
Povo HERÓI, povo guerreiro.*

Enquanto a sociedade*
Neste momento atual*
Se preocupa com a crise*
Econômica e social*
Você precisa entender*
Que queremos aprender*
Algo sério – não banal.*

Esse programa da Globo*
Vem nos mostrar sem engano*
Que tudo que ali ocorre*
Parece um zoológico humano*
Onde impera a esperteza*
A malandragem, a baixeza:*
Um cenário sub-humano.*

A moral e a inteligência*
Não são mais valorizadas.*
Os “heróis” protagonizam*
Um mundo de palhaçadas*
Sem critério e sem ética*
Em que vaidade e estética*
São muito mais que louvadas.*

Não se vê força poética*
Nem projeto educativo.*
Um mar de vulgaridade*
Já tornou-se imperativo.*
O que se vê realmente*
É um programa deprimente*
Sem nenhum objetivo.*

Talvez haja objetivo*
“professor”, Pedro Bial*
O que vocês tão querendo*
É injetar o banal*
Deseducando o Brasil*
Nesse Big Brother vil*
De lavagem cerebral.*

Isso é um desserviço*
Mal exemplo à juventude*
Que precisa de esperança*
Educação e atitude*
Porém a mediocridade*
Unida à banalidade*
Faz com que ninguém estude.*

É grande o constrangimento*
De pessoas confinadas*
Num espaço luxuoso*
Curtindo todas baladas:*
Corpos “belos” na piscina*
A gastar adrenalina:*
Nesse mar de palhaçadas.*

Se a intenção da Globo*
É de nos “emburrecer”*
Deixando o povo demente*
Refém do seu poder:*
Pois saiba que a exceção*
(Amantes da educação)*
Vai contestar a valer.*

A você, Pedro Bial*
Um mercador da ilusão*
Junto a poderosa Globo*
Que conduz nossa Nação*
Eu lhe peço esse favor:*
Reflita no seu labor*
E escute seu coração.*

E vocês caros irmãos*
Que estão nessa cegueira*
Não façam mais ligações*
Apoiando essa besteira.*
Não deem sua grana à Globo*
Isso é papel de bobo:*
Fujam dessa baboseira.*

E quando chegar ao fim*
Desse Big Brother vil*
Que em nada contribui*
Para o povo varonil*
Ninguém vai sentir saudade:*
Quem lucra é a sociedade*
Do nosso querido Brasil.*

E saiba, caro leitor*
Que nós somos os culpados*
Porque sai do nosso bolso*
Esses milhões desejados*
Que são ligações diárias*
Bastante desnecessárias*
Pra esses desocupados.*

A loja do BBB*
Vendendo só porcaria*
Enganando muita gente*
Que logo se contagia*
Com tanta futilidade*
Um mar de vulgaridade*
Que nunca terá valia.*

Chega de vulgaridade*
E apelo sexual.*
Não somos só futebol,*
baixaria e carnaval.*
Queremos Educação*
E também evolução*
No mundo espiritual.*

Cadê a cidadania*
Dos nossos educadores*
Dos alunos, dos políticos*
Poetas, trabalhadores?*
Seremos sempre enganados*
e vamos ficar calados*
diante de enganadores?*

Barreto termina assim*
Alertando ao Bial:*
Reveja logo esse equívoco*
Reaja à força do mal…*
Eleve o seu coração*
Tomando uma decisão*
Ou então: siga, animal…*

FIM*

Salvador, 16 de janeiro de 2011

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