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domingo, 31 de julho de 2011

O tal do cérebro social




Existe uma teoria que diz que o cérebro se desenvolveu mediante as necessidades sociais dos indivíduos, e de acordo com isso ele ficaria limitado a se desenvolver de 
acordo com nosso circulo social.

Então nosso Cérebro social de forma simples e sucinta são nossas emoções adquiridas e processadas.     

No passado o exército romano possuía em média 150 combatentes, pois era tido como numero que se conseguia liderar, ou seja, 150 pessoas para um líder.

É muito interessante pensar como o meio influência a evolução cerebral, principalmente o meio social.  Pensado na onda do Facebook e Google+, percebo que por mais pessoas que tenhamos em nossas redes sociais, apenas 150 se enquadrariam como amigos, parentes, colegas, conhecidos, segundo pesquisas.

Até aqui entendemos que nosso cérebro sofreu e sofre evolução constante com o passar dos anos, mas o ponto que gostaria de tratar nessa postagem é como o meio influência o cérebro social, os primatas quando observados em grupos maiores interagem com outros animais de forma mais intensa. 

O que não ocorre quando o grupo é pequeno, geralmente tendem a se fecharem.

O ponto que gostaria de chegar é que o meio social que estamos insertos tem grande poder de promover a evolução mesmo que pequena de nosso cérebro social.  Observando os nichos onde congregamos percebo que a grande dificuldade é não tomar as características do grupo para si.

Não é uma questão de decidir, mas sim uma questão neural, pois o cérebro responde mediante estímulos internos e externos.

Há uma necessidade maior de auto conhecimento e de muita observação, pois conforme observamos as pessoas se agregam com as que possuem ideologias e pensamentos de certa forma correspondentes, sempre com pessoas da mesma faixa etária. Pessoas se aproximam daquelas que possuem a mesma idade mental, pois sabem que serão correspondidas da mesma forma.

Observando as relações interpessoais e sociais percebo que o cérebro social é de uma complexidade extrema. Não percebemos como podemos fazer a ligação com o meio em que vivemos e a forma que desenvolvemos o viver.

Vivemos e processamos coisas do meio que vivemos sem perceber que vivemos de acordo com quem está ao nosso lado alimentando nosso cérebro social.

Quem está ao nosso redor nos mostra muito sobre nosso cérebro social, e por conseqüência sobre nós mesmos.

O conviver em sociedade não acontece de forma simples, no passado, na Grécia antiga o status social ocorria de acordo com o conhecimento das pessoas.

“Os pensantes” eram supervalorizados na época. O interesse das pessoas eram pelas discussões filosóficas que ocorriam no “agorien”, o status era obtido pelo conhecimento, pelas discussões das questões democráticas da época.

Hoje o valor do cérebro social é obtido na maioria da vezes apenas pelo ter e possuir, as conversas inteligentes deram espaço aos papos da moda, como a novela, ou a musica nova do cantor sertanejo. Ter momentos de descontração frente aos televisores é importante, é lazer. Mas encarar tais atos como o ápice do seu dia é triste demais.

Nosso Cérebro social absorve muito mais do que imaginamos e percebemos. E isso nos leva a um grande questionamento sobre o que realmente queremos pra nossa mente.

Eu termino essa postagem me perguntando o que eu tenho feito com a saúde do meu cérebro social.

2 comentários:

  1. O homem não vive que não em sociedade... E sabendo disso fica muito fácil enterdermos a depência de pessoas, de gente por perto, de grupos socias, de nixos. Enfim, quando fazemos nossas escolhas de quem estará ao nosso redor dia-a-dia fazemos, também, o nosso caráter, pois é a partir dessas pessoas que teremos a nossa formação.
    Sendo assim, é melhor revermos quem está perto de nós e o que estão agregando de bom em nossas vidas. Fazer um balanço para ver se é melhor mantê-los ou, por pior que seja, descartá-los!

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  2. Gostei muito do post João,parabéns pelo blog,muito bom o conteúdo,ótimo falar sobre a formação da nossa personalidade e da função do cerebro em relação ao externo.

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