Tenho pensado muito sobre a existência humana, tento analisar em minha ignorância os atos e respostas que damos uns aos outros.
Não tenho sido feliz, percebo que as pessoas não lutam mais como antes, desistem fácil demais. É tão fácil desistir, é só não fazer nada, e amargar a dor, curtir a dor da frustração.
Confesso que meu maior medo é de me tornar frustrado, fechado em minha vida. Por isso tomo como exemplo cada pessoa que passa por mim. No trabalho tenho contato com muitas pessoas que por vários motivos não programaram sua velhice, pessoas que apenas deixaram se levar pela vida, que não se propuseram a correr atrás de um grande amor, ou de uma qualificação melhor, ou de busca a resolução de um conflito interno. Aprendi que cada um é responsável por sua melhora, se não estamos bem devemos buscar ajuda, tanto emocional quanto espiritual. Todas estas coisas aprendi quando chorava, e quando estava sozinho em um quarto escuro clamando a Deus por ajuda, pois me sentia sozinho.
Não escolhemos passar por vales, por solidão, por sofrimento, mas estamos sujeitos pela lei da vida. Creio que nada é em vão, cada tombo serve pra que nos levantemos mais felizes por podermos estar em pé.
Confesso que minha vida não é fácil, tenho traumas, frustrações, muitas limitações, devido a isso uso algo que Deus criou chamado Terapia. Não tenho vergonha, toda semana estou lá, mesmo dia e horário.
Tem me feito bem, tem me ajudado, mas eu decidi ser ajudado, não quis mais a companhia de um quarto escuro. A cada dia conheço a pessoa do João, às vezes não gosto do que conheço, mas com o amadurecimento passo a gostar. Minha vida como a de toda a humanidade é uma luta constante, a diferença é que podemos lutar sozinhos ou acompanhados, e a companhia faz toda a diferença. Um ajudando ao outro e quando um cai, o outro levanta, dividindo o pão e glorificando a Deus por não faltar.
Tombos levaremos sempre, mas não podemos deixar a queda nos impeça de levantar quantas vezes forem necessárias.
Tem coisas que dependem mais de mim e não das pessoas.
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